quarta-feira, 2 de setembro de 2009

INFARTO DO MIOCÁRDIO



6º PERÍODO TERAPIA OCUPACIONAL
FACULDADE PESTALOZZI

INFARTO DO MIOCÁRDIO

GRUPO:
Camila Carneiro, Mariana Retameiro, Marinilda Reeve, Samira Serrano, Tamara Miranda e Tays Cortat


O Infarto do Miocárdio é um evento patológico que se acompanha de elevados índices de morbidade e mortalidade, sendo considerada a principal causa de morte nos países industrializados e atinge altas taxas nas grandes cidades brasileiras. Devido ao fato de geralmente acometer os indivíduos em sua fase mais produtiva, pode levar a grandes comprometimentos psicossociais e econômicos. (Regenga, 2000).
O infarto do miocárdio (IM) é também conhecido como ataque cardíaco. Caracterizado como um dano no músculo do coração, causado por uma redução ou falta no suprimento de sangue em uma determinada área do coração. Nem todo IM é igual, e o tratamento é baseado no tipo e severidade do mesmo. As complicações são variadas, sendo o plano e os objetivos do tratamento, na Terapia Ocupacional, específicos para cada paciente.


O INFARTO DO MIOCÁRDIO OU ATAQUE CARDÍACO

Todos os órgãos do corpo humano necessitam de sangue para funcionar normalmente. O sangue leva energia, oxigênio e glicose para as células. É função do coração bombear sangue para todo o corpo, através das artérias, inclusive das artérias do coração, chamadas de coronárias. É nas coronárias que ocorre o depósito de gorduras. Essa gordura depositada na parede do vaso chama-se placa de colesterol. Quando essa placa se rompe leva ao acúmulo de coágulos no local, desenvolvendo um desequilíbrio na oferta de oxigênio aos tecidos, inclusive dos músculos do coração. Isso causa o que chama-se de isquemia, cujo principal sintoma é a angina = dor no peito. Às vezes, essa obstrução não é total e desenvolve-se o quadro de angina instável (dor no peito aos mínimos esforços e até em repouso). O Infarto do miocárdio é o resultado final da isquemia prolongada e não aliviada devido à interrupção total do suprimento de sangue ao miocárdio.

FATORES DE RISCO

Os fatores de risco são divididos em três categorias principais: os que podem ser mudados (pressão arterial alta, tabagismo, níveis de colesterol e vida sedentária); os fatores contribuintes (diabetes, estresse e obesidade). Quanto mais fatores de risco o indivíduo tiver, maior o risco de sofrer uma doença da artéria coronária.
A obesidade abdominal adquirida piora todo o perfil de risco cardiovascular ao promover hipertensão, hipertrofia ventricular esquerda, resistência insulínica e intolerância a glicose.
Todos os membros da equipe devem apoiar as tentativas do paciente para os fatores de risco.

Conhecer a finalidade e os efeitos colaterais dos medicamentos cardíacos promovem a compreensão da resposta do paciente à atividade.

CONSIDERAÇÕES PSICOSSOCIAIS

Pessoas que sofreram um infarto do miocárdio passam por uma série de fases de ajuste à deficiência. Inicialmente desenvolvem medo e ansiedade, quando se confrontam com a mortalidade.

Os pacientes devem se confrontar com a realidade de suas limitações físicas. Educação e apoio ajudam a reduzir a ansiedade.
Desencorajar hábitos passados como: fumar, beber ou ingerir alimentos gordurosos.
Se ignoram todas as precauções e se estressam , lesam ainda mais seus sistemas cardiovasculares.
Depressão é comum no terceiro ao sexto dias depois do infarto do miocárdio e podem durar vários meses, necessitando de um profissional que o acompanhe.
A família do paciente deve tomar parte na educação para que suas concepções equivocadas e ansiedades não agravem os medos do paciente.

SINTOMAS

Dor no peito em aperto, queimação, tipo azia, constrictiva. Não limitada a uma área localizada, mas espalhada. Irradiada para braços, ombros, mandíbula (queixo), através do peito, boca-do-estômago. Sem relação com respiração, posição do corpo ou pressão no local. Às vezes piora ao deitar-se.Não melhora com antiácidos. Pode associar-se com falta de ar, náuseas, vômitos, palpitações, fatiga e suor frio pelo corpo.

A REABILITAÇÃO CARDÍACA

OBJETIVOS:

Possibilitar o controle e melhora da doença cardiovascular, física, psíquica, e auto-estima através de uma intervenção multidisciplinar;
 Diminuir o risco de novos eventos e morte;
 Exercícios de alongamento, destinados a proporcionar um mínimo de amplitude de movimento nas articulações e músculos, reduzindo a possibilidade de lesões e dores nos membros e na coluna;
 Exercícios aeróbicos que são realizados habitualmente em torno de  30 minutos em esteira rolante ou bicicleta ergométrica, destinados a estimular o sistema cardiovascular em regime aeróbico, proporcionando uma melhor performance com economia nas demandas energéticas do coração;
 Exercícios de força, realizados com pesos e equipamentos de musculação, com a finalidade de recuperar a massa muscular;

A Reabilitação Cardíaca é composta por 4 fases:

FASE I: período agudo de hospitalização. Atividade durante este estágio é limitada a transferência do leito para a cadeira. AVD básicas e deambulação lenta.
FASE II: começa no movimento da alta e se estende por 12 semanas depois do evento cardíaco. Focaliza a recuperação da resistência e melhoria da tolerância à atividade. O treinamento com exercícios de resistência leve é iniciado p/ aumentar a capacidade aeróbica.
FASE III: O treinamento com exercícios é voltado para diminuir a pressão sistólica e a freqüência cardíaca, reduzindo a carga de trabalho do miocárdio. Preparação para o retorno ao trabalho.
FASE IV: Fase de manutenção. Durante esta fase os hábitos de exercício são estabelecidos e prosseguem a modificação dos fatores de risco.

O T.O NA REABILITAÇÃO CARDÍACA

O terapeuta ocupacional é de importância incalculável p/ o paciente cardíaco. O T.O avalia e analisa as AVD do paciente. Poderá, a seguir, assistir o paciente na modificação dessas atividades, se preciso, de forma que possa reassumir aquelas que previamente lhe satisfaziam, assim como auxiliá-los na adaptação psicossocial de sua nova situação.
À medida que os pacientes avançam pelas fases de reabilitação cardíaca, os níveis de atividade são aumentados, com base nas respostas fisiológicas dos clientes às atividades. Todas as tarefas propositais colocam uma demanda de energia sobre o sistema cardiopulmonar. O equivalente metabólico (MET) é uma unidade de medida para descrever a quantidade de oxigênio necessário para o organismo, quando em uma atividade específica. Quanto mais o corpo se movimenta e tem de trabalhar contra a resistência, maior o nível MET. Em estado de repouso, 1 MET = 3,5ml de oxigênio por quilograma do peso corporal por minuto.

1 a 2 MET: mínima ou muito leve.
2 a 3 MET: leve.
3 a 4 MET: moderada.
4 a 5 MET: intensa.

BIBLIOGRAFIA:

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http://www.incl.rj.saude.gov.br/index.asp
http://www.incorcrianca.com.br/departamentos/terapiaocupa.html
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Um comentário:

  1. Oi, sou aluna de Terapia Ocupaciona, e esse texto contribuiu muito para um trabalho de T.O. na Reabilitação Cardíaca!

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