sexta-feira, 24 de julho de 2009

ENCEFALOPATIA CRÔNICA DA INFÂNCIA

A E.C.I. não-progressiva caracteriza-se por distúrbios motores, os quais se manifestam antes dos três anos de idade, levando ao comprometimento da motricidade, tônus e postura, podendo ou não se associar a um déficit cognitivo.
A etiologia incluem causas pré-natais, como distúrbios do desenvolvimento cortical, infecções do SNC (TORCH), hipóxia e infecção intra-uterina; Causas perinatais, síndrome hipóxico-isquêmica, hemorragias do SNC, prematuridade; Causas pós-natais, traumatismo cranioencefálico, lesão por afogamento, infecções, acidentes vasculares cerebrais.






E.C.I. espástica diplégica
Caracteriza-se por comprometimento bilateral, freqüentemente dos quatro membros, com predomínio nos membros inferiores.

Incidência: 10 a 45% dos casos.

Etiologia: A prematuridade é o fator mais comum. Existe relação direta entre grau de prematuridade e risco de diplegia. As lesões mais freqüentes são a leucomalácia periventricular (LPV) e infartos venosos hemorrágicos.

Clínica: Na LPV ocorre uma lesão nas vias piramidais que se dirigem aos MMII e se localizam mais medialmente, segundo o homúnculo de Penfield.

Em diversos prematuros, existe também um comprometimento dos MMSS, sendo esse variável;

As alterações clínicas são mais evidentes ao final do segundo semestre, principalmente naqueles prematuros que nasceram com menos de 1.000 mg, tendo permanecido em incubadora e em ventilação mecânica por período prolongado;





A forma mais freqüente de ECI é a espástica.

E.C.I. espástica quadriplégica
É a forma mais grave e caracteriza-se por acometimento significativo dos quatro membros, com aumento de tônus da musculatura flexora dos membros superiores (MMSS) e extensora/adutora dos membros inferiores (MMII).
Incidência: 9 a 43% dos casos.
Etiologia: Fatores pré, peri e pós-natais que causam acometimento bilateral, simétrico ou assimétrico, e extenso do encéfalo.
Clínica: O grau de espasticidade é flutuante e, na grande maioria dos casos, exacerba-se com o choro.
O tônus axial cervical está habitualmente diminuído;
Pode-se empregar indistintamente o termo plegia e paresia, apesar de critérios mais rígidos que indicam plegia como ausência de movimentação ativa e paresia como diminuição;
Ao exame, observam-se sinais de liberação piramidal precocemente (hiper-reflexia, clônus aquileu, reflexo cutâneo plantar em extensão) e a persistência dos reflexos primitivos (Moro, marcha reflexa, grasping palmar e plantar, nas crianças pequenas);
As alterações motoras podem ser assimétricas, denotando um quadro de dupla hemiparesia, ou de quadriplegia assimétrica;
A marcha é muito dificultada pelo comprometimento muscular global;
O perímetro cefálico encontra-se diminuído e com velocidade de crescimento inferior à normal;
Em casos extremos, a criança assume a postura em descerebração e tendência a opistótono;
A incidência de epilepsia é elevada, em torno de 66%;
Freqüentemente, associam-se paralisia de nervos cranianos, déficits auditivos e visuais, distúrbios do sono e irritabilidade;
O tratamento deve ser interdisciplinar, precoce, sempre visando as prioridades de cada paciente.
E.C.I. espástica hemiplégica
Caracteriza-se por déficit motor e espasticidade unilaterais.
Incidência: 25 a 40% do total.
Etiologia: Causas pré-natais em 70 a 90%.
Clínica: Em algumas crianças existe dificuldade na detecção precoce do déficit motor e classificação.
As primeiras manifestações iniciam-se por volta do quarto mês de vida – preferência unilateral para alcance de objetos (maior nitidez de déficit nos MMSS), mão mais fechada no lado comprometido;
Polegar aduzido ou incluso entre os demais dedos;
O envolvimento do MI pode se tornar nítido apenas com a deambulação;
Existe hipertonia em flexão do MS comprometido e extensão do MI do mesmo lado; o pé pode estar na posição eqüinovara;
As sincinesias são freqüentes e tendem a persistir;
Alterações sensitivas são comuns e de difícil interpretação;
E.C.I. espástica diplégica
Caracteriza-se por comprometimento bilateral, freqüentemente dos quatro membros, com predomínio nos membros inferiores.

Incidência: 10 a 45% dos casos.

Etiologia: A prematuridade é o fator mais comum. Existe relação direta entre grau de prematuridade e risco de diplegia. As lesões mais freqüentes são a leucomalácia periventricular (LPV) e infartos venosos hemorrágicos.

Clínica: Na LPV ocorre uma lesão nas vias piramidais que se dirigem aos MMII e se localizam mais medialmente, segundo o homúnculo de Penfield.

Em diversos prematuros, existe também um comprometimento dos MMSS, sendo esse variável;

As alterações clínicas são mais evidentes ao final do segundo semestre, principalmente naqueles prematuros que nasceram com menos de 1.000 mg, tendo permanecido em incubadora e em ventilação mecânica por período prolongado;

E.C.I. espástica diplégica
Caracteriza-se por comprometimento bilateral, freqüentemente dos quatro membros, com predomínio nos membros inferiores.

Incidência: 10 a 45% dos casos.

Etiologia: A prematuridade é o fator mais comum. Existe relação direta entre grau de prematuridade e risco de diplegia. As lesões mais freqüentes são a leucomalácia periventricular (LPV) e infartos venosos hemorrágicos.

Clínica: Na LPV ocorre uma lesão nas vias piramidais que se dirigem aos MMII e se localizam mais medialmente, segundo o homúnculo de Penfield.

Em diversos prematuros, existe também um comprometimento dos MMSS, sendo esse variável;

As alterações clínicas são mais evidentes ao final do segundo semestre, principalmente naqueles prematuros que nasceram com menos de 1.000 mg, tendo permanecido em incubadora e em ventilação mecânica por período prolongado;

Bibliografia
FONSECA, Luiz Fernando; FILHO, José Mariano da Cunha; PIANETTI, Geraldo; FILHO, José Aloysio da Costa Val. Manual de neurologia infantil. Editora Guanabara Koogan – 2006.
Sites:
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://www.christushealth.org/DrTango/encyclopedia/image.asp%3FpicID%3D1141%26type%3Dthumbnail&imgrefurl=http://www.christushealth.org/DrTango/encyclopedia/viewarticle.asp%3Frequest%3D000716&h=60&w=60&sz=1&hl=pt-BR&start=39&sig2=cdXC_vEcbB3ep-2ZgRVX6w&tbnid=d1eFnPJwsJKzKM:&tbnh=60&tbnw=60&ei=LgYYR-KpM6LygAKFpc30CA&prev=/images%3Fq%3Dhemiplegia%2Bespastica%26start%3D20%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN
http://www.thespasticcentre.org.au/about_cp/cp_diagram_000.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_West